22 de dezembro de 2015

Cadê dezembro e 2016?

E ai galera, tudo bem com vocês?

Permitam-me explicar a ausência dessa vez, ano que vem é meu ano de formatura. Antes de todos os pontos positivos que possamos citar é preciso trabalho, MUITO TRABALHO. Que pode ser escrito com uma palavra: monografia!

Como já era de se esperar, eu, filho do carbono, aspiração a desejo cientifico optei por fazer monografia. Além disso um outro grande sonho meu se realizou, consegui uma bolsa de iniciação científica e, mesmo que não morra de amores pela área, vejo a importância que a bolsa possui no currículo acadêmico e principalmente para adentrar num mestrado.

Acontece que nem tudo foi flores. Deixa eu explicar a razão: Geralmente a monografia é no trabalho que você quer dar continuidade na carreira acadêmica (que não é o da minha bolsa) Logo eu estou com dois orientadores. Um deles é uma pessoa de fato compreensível e realmente está me ajudando, o outro nem tanto. Com isso eu tô meio que num cabo de guerra entre um trabalho e o outro. Hoje eu tenho a apresentação com o orientador da bolsa científica torçam por mim galera.

Com uma disciplina terminando, vários compromissos externos e esses trabalhos acabei não tendo tempo para uma postagem e preferi não fazer um trabalho mal feito. Também não deu para fazer uma grande mudança de ares por aqui. Mas esse projeto não foi descartado! Entretanto a postagem do dia 27 permanece de pé! Volto após a segunda semana de janeiro onde já terei entregado meus trabalhos e dado um passo a mais com a monografia e com a bolsa!

Feliz natal a todos e feliz ano novo. Obrigado a todos que acompanham o Usina!

23 de novembro de 2015

Fim dos tempos: Megatsunami

Um megatsunami é um raro tsunami com mais de 100 metros de altura. Excetuando-se alguns grandes tsunamis no Alasca, incluindo um de 520 metros de altura, acredita-se que o último tsunami que atingiu uma área com população ocorreu há quatro mil anos. Geólogos dizem que tal evento é causado por gigantescos deslocamentos de terra, originados por uma ilha em colapso, por exemplo, em um vasto corpo d'água como um oceano ou um mar.

Megatsunamis podem atingir alturas de centenas de metros, viajar a 890 km/h ao longo do oceano, potencialmente alcançando 20 km ou mais terra adentro em regiões de baixa altitude.

Em oceanos profundos, um megatsunami é quase invisível. Move-se em um deslocamento vertical de aproximadamente um metro, com um comprimento de ondas de centenas de quilômetros. Porém, a enorme quantidade de energia dentro deste movimento de gigantesca massa produz uma onda muito mais alta, à medida que a onda se aproxima de águas rasas.

Terremotos geralmente não produzem tsunamis desta escala, a não ser que eles possam causar um grande deslocamento de terra debaixo d' água, tipicamente tais tsunamis têm uma altura de dez metros ou menos.

Deslocamentos de terras que são grandes comparadas à profundidade atingem a água tão rapidamente que a água que foi deslocada não pode se estabelecer antes que as rochas atinjam o fundo. Isto significa que as rochas deslocam a água em velocidade total em todo seu caminho ao fundo. Se o nível da água é profundo, o volume de água deslocado é grande e as partes baixas estão sob alta pressão. Isto resulta numa onda que contém grande quantidade de energia.

Algumas pessoas assumem que megatsunamis pré-históricos varreram antigas civilizações, como um castigo do(s) deus(es), comum em muitas culturas ao redor do mundo. Porém, isto é improvável, considerando que megatsunamis usualmente acontecem sem qualquer aviso, atigindo apenas áreas costeiras e não necessariamente ocorrendo após uma chuva.


Megatsunamis históricos

Os danos causados pelo megatsunami da Baía de Lituya em 1958 podem ser vistos nesta fotografia aérea oblíqua da Baía de Lituya, no Alasca, com as áreas mais claras na costa onde as árvores foram arrancadas.

A hipótese de megatsunamis foi criada por geólogos buscando por petróleo no Alasca. Eles observaram evidência de ondas altas demais em uma baía próxima. Cinco anos depois, uma série de deslocamentos de terra foi revelada como a causa destas altas ondas no Alasca.

O histórico geológico mostra que megatsunamis são muito raros, mas que devastam qualquer coisa próxima à costa atingida. Alguns podem devastar costas de continentes inteiros. O último evento conhecido desta magnitude aconteceu há 4 mil anos na Ilha de Reunião, leste de Madagascar.

Um megatsunami de menor magnitude aconteceu na Baía de Lituya, no Alasca, em 1958, entre 7.7 e 8.3.Tal baía possui uma profundidade de 220 metros tendo apenas 10 metros de profundidade em sua entrada. A topologia da baía é adequada para a produção de um megatsunami local. Um terremoto de magnitude 7.5 em 8 de julho gerou um deslocamento de terra dentro da baía, que produziu uma onda que varreu árvores 200 metros acima do nível normal do mar. Comparações com fotografias anteriores ao acontecimento indicaram que várias centenas de pés de gelo foram removidos da frente de uma geleira próxima, por uma onda de aproximadamente 520 metros de altura.
Ameaças de Megatsunamis

Ilhas vulcânicas como as de Reunião e as Ilhas do Havaí podem causar megatsunamis porque elas não são mais do que grandes e instáveis blocos de material mal agrupado por sucessivas erupções. Evidência de grandes deslocamentos de terra foram encontradas na forma de grande quantidade de restos subaquáticos, material terrestre que caiu oceano adentro. Em anos recentes, cinco de tais restos foram encontrados somente nas ilhas havaianas.

Alguns geólogos acreditam que o maior candidato para a causa do próximo megatsunami é a ilha de Las Palmas, nas Ilhas Canárias. Em 1949, uma erupção causou o cume de Cumbre Vieja cair vários metros adentro do Oceano Atlântico. Acredita-se que a causa disto foi causada pela pressão do magma em aquecimento e água vaporizando-se presa dentro da estrutura da ilha, causando um deslocamento da estrutura da ilha. Durante uma erupção, que estima-se acontecerá em algum tempo nos próximos milênios, irá causar un novo deslocamento da ilha, fazendo a metade ocidental, pesando talvez 500 bilhões de toneladas, deslocar-se catastroficamente em direção ao oceano. Isto irá automaticamente gerar um megatsunami com ondas locais com alturas de centenas de metros. Depois que o tsunami cruzar o Atlântico, provavelmente irá gerar uma onda com 10 a 25 metros de altura no Caribe e na costa leste da América do Norte várias horas depois, gerando grandes problemas econômicos e sociais para as populações dos países envolvidos e para a economia global como um todo. Enquanto que potencialmente não tão destruidor como um super-vulcão, um megatsunami seria um desastre sem precedentes em quaisquer regiões em que este evento ocorra.

Além de pequenas vilas no Alasca, muitos lugares enfrentam a ameaça de megatsunamis regionais, mas ainda assim potencialmente perigosos. Por exemplo, em 1963, uma parte enorme do Monte Toc, nas montanhas ao norte de Veneza,Itália, deslocou-se dentro de um reservatório (a represa de Vajont), produzindo ondas de 250 metros de altura, destruindo várias vilas e matando cerca de 2 mil pessoas. Alguns geólogos acreditam que uma grande rocha, instável, ao norte do Lago Harrison no Vale Fraser, no sul da Colúmbia Britânica, poderia deslocar-se dentro do lago, criando uma grande onda que possivelmente destruiria a cidade de Harrison Hot Springs, ao sul do lago.

No Mar da Noruega, o deslocamento de Storegga causou um megatsunami sete mil anos atrás. Intensas investigações mostraram que o a probabilidade de um novo megatsunami é mínima.

Fonte: wikipédia

Bibliografia
Ward, S.N. and Day, S. 2001. Cumbre Vieja Volcano - Potential collapse and tsunami at La Palma, Canary Islands. Geophysical Research Letters, 28, 17 pp. 3397-3400.

20 de novembro de 2015

Tsunami na Costa Leste

O que você faria caso um maremoto viesse ao seu país, destruindo tudo e todos? provavelmente você nunca vai querer experimentar essa sensação. Outras pessoas infelizmente tiveram que viver essa tragédia...Acompanhe no documentário, relatos de pessoas que sobreviveram ao massacre dos tsunamis.



18 de novembro de 2015

Quebra-mares


Sou estático, parado, frio e desconsiderado
Mas é só o perigo chegar, que sou logo lembrado
com uma onda de problemas, que podem destruir lares
eis que gritam no fundo: ao menos temos o quebra-mares!

Aquele que aguenta tudo, dia após dia
lapidado pelo calor das águas e pela passagem da brisa
sou apenas uma rocha no meio de tantas outras
que serve para tentar evitar que tu morras...

Que tenho eu haver com tua vida?
tu que nuncas se preocupou com meu estado
eu que fico aqui parado, aguentando o baque todo dia
e tu vens apenas no fim de ano sem querer ter voltado.

Ora mas tu me julgas pelo meu formato?
pois sou frio, pontudo, rígido e parado?
Tu que me és estranho por ter me julgado
és mole, espichado. Me sinto feliz por não ser contigo aparentado.

Lamentas quando a água molha teu corpo
como lamenta quando pequenos problemas lhe atingem
mas não te lembras que fui eu quem levou, da maré, o soco
eu que fui culpado pelos males que tu inflige.

Ao menos sou elogiado com o fim da tarde,
aquele por-do-sol, sem pressa nem alarde.
Já não ligo pro que dizes, pensas, sofre ou fazes.
pode afogar-me em tudo, estou acostumado em ser um quebra-males.


16 de novembro de 2015

Os Terrores do planeta (III) - Maremotos



Gostaria de tirar um momento do blog pra dar minhas condolências a pessoas que estão sofrendo por outros desastres do nosso planeta: A guerra entre humanos. É algo indiscutivelmente ridículo e que parte do pressuposto do desrespeito aos diretos, crenças e ações dos outros que pensam de forma diferente de nós. Tiro esse momento do blog para lamentar as Tragédias na Síria, em Paris e mais internamente, mas de mesma gravidade ideológica, em Messejana um bairro da cidade em que moro (Fortaleza -Ceará).

Também gostaria de prestar minhas condolências a todas pessoas de Mariana (Minas Gerais) que estão sofrendo com o rompimento da barragem, e dizer que tenho desgosto absoluto pelas pessoas responsáveis da construção, da manutenção e da comunicação da barragem, espero que elas ao menos lamentem a tragédia que causaram, destruindo animais únicos no mundo, poluindo várias bacias hidrográficas, matando centenas de vidas. Por último presto minhas condolências ao Japão que sofreu com um terremoto de altíssima magnitude, que as famílias possam se levantar e que o provável senso de cidadania do povo japonês possa ser aprendido por todas as pessoas do mundo.

Rezemos pela Síria, Rezemos pela França, Rezemos por Messejana, Rezemos por Mariana, Rezemos pelo Japão, Rezemos pelo Mundo...

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Fechando o especial de desastres naturais, o Usina aborda a catástrofe mais conhecida em todos os sete mares! o Maremoto! As forças do Mar que outrora pareciam sobrenaturais e que na verdade tem total explicação, grandes ondas que são capazes de destruir tudo que encontrar pela frente e que passam despercebidas no alto-mar. Os Maremotos são sem dúvidas um dos maiores Terrores do planeta!

Maremoto = Tsunami?

De cara já temos esse abacaxi para resolver hein? Pois a resposta é sim e não! Calma não é nenhum fenômeno de Schrodinger. A questão é que para alguns estudiosos Maremoto é o tremor das placas mas dentro da água (sendo a sim o mar seria a única diferença entre o maremoto e o terremoto); as ondas gigantes não são o maremoto e sim o Tsunami. Particularmente eu gosto muito dessa forma de ver o processo.

Grande maioria das pessoas vê Maremoto e Tsunami como palavras sinônimas: Tsunami vem de tsu, “porto” + nami, “onda” e Maremoto vem do latim: mare, mar + motus, movimento. Muitas relacionam o fato do tsunami ser o maremoto japonês (pais que sofre com esse desastre com grande recorrência). Outras defendem que tsunami é simplesmente maremoto em japonês e que trazer essa palavra para cá é errado pois maremoto existe no nosso vocabulário desde 1600.



Um choque já conhecido...

Como já falamos no primeiro episódio dessa série, vulcões são formados devido a um empresamento das placas tectônicas que inclinam-se formando o corpo dos vulcões. Entretanto esses choques tectônicos são também os componentes primeiros do que conhecemos como maremoto. As placas raspam entre si e a água propaga esse movimento em forma de ondas.

"É possível testar o efeito do maremoto em casa. Em uma bacia com água esfregue duas barras de isopor ou qualquer outro componente, as barras precisam estar no fundo da bacia. Será notável que a água se moverá em cima na forma de ondas mecânicas"

O mais interessante é que a principio as ondas são pouco reconhecidas como um desastre, geralmente elas são mansas e tranquilas, passando várias vezes por navios e sendo imperceptíveis aos que estão próximos do evento. Não entendeu nada? Vamos com uma analogia marota xP

O andar das ondas

Imagine você e seu amigo brincando com uma corda, cada um segura uma ponta e o objetivo é que você balance a corda levando uma onda mecânica até ele. Tudo bem é uma brincadeira pouco divertida, mas se você perceber bem vai ver que quanto mais a onda chega próximo do seu amigo, mais alta e estreita ela fica. Mantenha esse exemplo em mente.

Quando as placas se colidem é formada uma onda com período (o comprimento entre o uma onda e outra) longo (cerca de 200km) e por isso as ondas são baixas. Mesmo que essas ondas andem numa velocidade próxima à 800km/h devido ao grande período uma onda é vista a cada 30 minutos, ninguém iria pensar que uma marolinha desse tamanho pudesse criar um monstro...

Mas pode. Lembra do exemplo da corda? A medida que a onda avança no mar (que funciona como uma corda) seu comprimento começa a diminuir, preservando a lei da mecânica para que a energia continue se propagando é necessário que uma coisa aumente: a altura entre uma onda e outra. A onda vai ficando cada vez mais próxima da outra e quando chega em terra firme (o fim da corda) ela já possui uma velocidade 40 vezes menor, mas cerca de 10 metros de altura. O que causa tanta destruição não exatamente a velocidade do maremoto e sim a força acumulada desde o choque tectônico.

Como podemos nos proteger?

Na realidade são poucas as formas possíveis de proteção contra esse tipo de fenômeno, uma vez que o movimento das placas tectônicas é constante e impreciso, geralmente os especialistas avisam onde se localiza o hipocentro (local onde onde o choque, onde nasce o maremoto) e daí determinam as pessoas para os abrigos.

Estruturas como pedras que quebram as ondas (os quebra-mares) geralmente são pouco eficazes devido ao tamanho da onda, ao invés disso elas podem muito bem ser empurradas e causar mais destruição.

 Um terreno com alto declive

Um terreno com declive baixo

Uma forma de diminuir a ação dos tsunamis é fazer terrenos à beira-mar com menor declive, o que gera um acomodamento da onda e faz com que a mesma percorra uma distância menor. Mas sem dúvida o maremoto é um desastre gigantesco, ocasionado pela própria estrutura da Terra, sendo assim um dos Terrores do planeta!

8 de novembro de 2015

200!


Hoje a noite fui terminar de arrumar as coisas pro Usina, e vi que fechei a conta de 200 likes na conta do facebook! Enquanto muitas páginas comemoram a conquista de um milhão, eu comemoro duas centenas e com uma alegria tão intensa quanto. O trabalho do blog nunca me é cansativo e mesmo que possuam poucas visualizações, tem sempre um amigo que pergunta ou comenta, sempre alguém que me puxa de volta pra continuar postando. 

Eu queria então, agradecer 200 vezes para cada pessoa que curtiu o Usina, me conhecendo ou não e dizer que por mais que digam ou que aparentemente pareça ter um alvo pequeno, eu sei que alguém já viu o Usina sendo, mesmo que por pouco tempo, um andarilho. Mesmo gostando só dos poemas, ou só dos documentários ou só dos textos, o que importa é que em algum momento cada uma dessas 200 pessoas acessou ao menos uma vez o  Usina (ou pensou em acessar, mas não teve tempo, o que é muito compreensível). 

Então eu, vou amanhã pra faculdade, pegar minha condução lotada, cantar minhas músicas com fone de ouvido, ver rostos talvez nem tão felizes assim em me ver, ter aulas talvez não tão interessantes, talvez até sendo pouco notado, mas guardarei no peito a alegria desse momento! Muito obrigado a todos! Um agradecimento ao Lucas que fez a página pra mim, ao Nathan, que colaborou com o que hoje é o Usina e a cada um que já me ajudou nesse caminho!

Boa noite a todos!

José Valdenir de Oliveira Junior - Deni
Dono do blog Usina de Pensamentos

Tromba D'agua e Tornado de Fogo

Se você achou que nada poderia ser mais assustador que um tornado, saiba que este fenômeno ainda pode se aliar com a água ou com o fogo, criando formas ainda mais desastrosas!



O que é uma tromba d'água

Eis aí uma expressão que costuma provocar uma tremenda bagunça conceitual. Vamos explicar: no sentido popular, tromba-d’água indica uma chuvarada forte e restrita a uma determinada região. "Mas, para os cientistas, essa definição é errada. Na verdade, tromba- d’água é um tornado que se forma sobre uma superfície líquida, captura umidade e vai andando rumo ao continente", afirma o meteorologista Marcelo Seluchi, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP). A maioria das trombas- d’água surge a partir de nuvens de tempestade em cima do mar, mas o fenômeno também aparece nos caudalosos rios amazônicos e nos Grandes Lagos da América do Norte. "No Brasil, as trombas-d’água não são muito comuns. No mundo, elas aparecem com freqüência no litoral da Flórida, nos Estados Unidos, onde as condições climáticas favorecem a formação de tornados oceânicos durante o ano todo", diz outro meteorologista, Wando Celso Maugeri Amorim, da Universidade de São Paulo (USP).

Apesar da aparência assustadora, o turbilhão úmido geralmente não causa grande destruição. Em comparação com os tornados formados no continente, cujas rajadas ultrapassam 200 km/h, as trombas-d’água são mais amenas, pois seus sopros chegam no máximo a 80 km/h. Isso acontece porque a formação da espiral de ventos depende do aquecimento da superfície. "Como o mar se aquece muito menos que a terra firme, as correntes de ar quente que ajudam a formar os tornados oceânicos são bem menos intensas", diz a meteorologista Maria Assunção da Silva Dias, também da USP. O grande problema é quando aparecem várias trombas-d’água na mesma região - ou quando uma área é afetada pela espiral e também pelas chuvas torrenciais da nuvem que a originou. Aí, sim, podem ocorrer enchentes destruidoras.




Não basta ser tornado, tem que ser tornado de fogo!

A dimensão que os desastres naturais podem tomar quando a natureza está em estado de fúria é realmente alarmante. Quando ouvimos falar em tornados comuns, aqueles produzidos com vento, isso já nos causa um temor imenso, visto que, embora seja “apenas” vento, a velocidade que o vento ganha em um tornado ocasiona uma força descomunal, que é capaz de arrancar casas do chão e arrastar pessoas.

Agora, imagine esse mesmo tornado comum que acabamos de citar, porém com a adição de um toque especial: fogo. Pois é, parece impossível, mas existem tornados de fogo, e a incidência com que eles aparecem não é tão pequena como deveria ser.

Já foram registrados diversos casos de tal fenômeno em várias regiões dos Estados Unidos, da Escócia e, claro, da Austrália, famosa por seus incidentes bizarros e animais exóticos.

Os tornados de fogo causam uma destruição absurda, isso porque além da força comum que um tornado comumente possui, os tornados de fogo consistem em uma espécie de coluna de fogo, que causa incêndios e explosões por onde passa. É difícil imaginar uma coisa tão surreal, por onde um tornado de fogo passa, o cenário é apocalíptico.

Mas como é possível um fenômeno tão peculiar se desenvolver? Na verdade a explicação é bem simples e bastante lógica: os tornados de fogo se formam quando uma massa de ar com vorticidade – que é a tendência para girar, formando redemoinhos – encontra fogo e forma-se sobre ele; quando isso ocorre, os gases aquecidos serão carregados para cima, preenchendo todo o tornado e se movimentando junto com ele. A velocidade do vento faz com que a combustão não seja perdida, mantendo a chama acesa e altamente destruidora.

Esses tornados costumam durar apenas alguns minutos, podem alcançar até 50 metros de altura e, muitas vezes, não saem do lugar. No entanto, quando saem, um intervalo de poucos minutos já é tempo o bastante para causar grandes estragos.

Em 1923, uma cidade de Tóquio sofreu com tal incidente e foram feitas diversas vítimas no ocorrido. Atualmente, ao que tudo indica, o último caso de tornado de fogo registrado foi no início de 2014, na Reserva Nacional Arsenal Rocky Mountain, que fica localizada em Denver, nos Estados Unidos. O que ocasionou esse tornado foi uma ação do corpo de bombeiros, que utilizou um lança-chamas para atear fogo em uma espécie de planta da região. Na ocasião, o fogo se alastrou e o vento forte começou a carregar as plantas incendiadas e a movimentar-se em forma circular. O tornado não durou muito tempo e não ocasionou vítimas nem grandes danos.

A natureza é extremamente misteriosa, quando pensamos que já vimos todo o seu potencial, ela se manifesta e cria algo novo e totalmente inesperado. Por isso, é preciso que tenhamos consciência e respeito ao lidar com ela.

7 de novembro de 2015

Planeta Feroz: Tornado - Discovery

Um super documentário, do discovery channel falando sobre tornados. Vejam a beleza e o desastre causado por este fenômeno e escute relatos de quem já enfrentou esse desastre:


Vórtice

Tonto, sem direção...
parece que trocaram de lugar a mente e o coração
confuso, desnorteado...
como se o mundo me apontasse como culpado.

Mas segui adiante...
e me joguei das bordas para o meio desse ciclone
Cai no olho do furação...
E pude lá dentro, refletir toda essa situação.

E o que foi de mim...
Se não um corpo todo revirado pela vida, coberto de carmesim
Um ser que viveu de sobrevida...
Alternando-se entre aguentar cortes de vento e choros de brisa...

E assim continuo...
Com formação de ventos e navalhas, mas agora sem pose ou prumo
Pois não me atenho a aguentar...
tento me moldar, como pipa, pássaro e avião de papel no ar

Perdi a sede de expectativa...
Os resultados que surgirem são sinais da ventania
Larguei a pressa pelo normativo...
Sigo com o vento, no vento, sem tempo cravado, nem motivo

E quando paro pra pensar...
As dificuldades são tornados que em vórtices tentam me matar 
E quando ponho-me a pensar...
Os amigos, são em vórtices, abraços e memórias que me fazem retornar.

2 de novembro de 2015

Os Terrores do planeta (II) - Ciclones



Depois de vermos sobre os desastres do fogo, vamos observar agora todo o poder destrutivo dos ventos... Na nossa segunda semana de Terrores do Planeta, vamos falar sobre Ciclones!

"Um dia calmo, tranquilo e ensolarado, até que a leve brisa que afasta o calor começa a se intensificar demasiadamente, guarda-sois, bicicletas, motos, outdoors, árvores... o céu agora está escuro como se fosse de noite ou como se a chuva estivesse se anunciando. Mas não há precipitação nenhuma, apenas um vento tão forte que começa a arrancar cabos de energia dos postes. É um inicio de um desastre, está se formando um ciclone..."

Ciclones não são tão desconhecidos assim, por vezes são ouvidos relatos na América do norte e mesmo com tantas formas tecnológicas, eles ainda causam muita destruição e morte. Reconhecendo toda a complexidade por trás desse evento, o Usina de Pensamentos fala sobre os Ciclones, um dos verdadeiros Terrores do Planeta.

Mas e os tornados? e os furacões? e os Tufões? Antes que a dúvida deixe todo mundo sem paciência de ler eu explico. Tudo isso são formas de ciclones! Por isso o nome da semana foi escolhido pra ser mais abrangente!

Uma complexa nomeclatura

A tarefa de nomear esses eventos por quem não é especialista é realmente complexa, parece que tudo é aparentemente vento forte... Mas não é bem assim, de maneira resumida os ciclones são nomeados assim:


Ciclone: é um deslocamento do ar em movimento circulatório que atua em áreas de baixa pressão. Ciclones acabam por ajudar na formação de nuvens e chuvas, justificando a presença desses eventos sempre um ciclone acontece. Estes podem atingir até 888 quilômetros de raio. Os outros tipos a seguir são igualmente formas de ciclones.



Tornado: Tornados são ventos mais fortes que apresentam aquele famoso funil de forma bem mais evidente. Podem apresentar ventos de até 480km/h com cerca de 1,5 km de raio. Um pouco mais ponderado que os ciclones mais fortes, mas ainda assim extremamente devastador.



Furacão e Tufão: Esses daqui são o mesmo fenômeno, mas de maneira mais amena que no tornado com ventos que partem de119km/h até mais de 250km/h. A diferença de nomenclatura dá-se pelo local em que ocorre: quando no Oceano Atlântico ou Pacífico Leste, chama-se furacão. No Pacífico Oeste, tufão.

Vale lembrar que esses nomes são para os ciclones tropicais (que acontecem entre os trópicos de câncer e capricórnio. Os outros ciclones não tem uma nomenclatura tão diversa e costumam ser ouvidos nos telejornais e noticiários como ciclones extratropicais.

A calmaria está dentro da tempestade e não depois!

Perdão pelo trocadilho, mas é verdade! Dentro de todo esse sistema caótico que é um ciclone existe uma paz absoluta numa região chamada olho, lá os ventos se movimentam numa velocidade entre 30km e 60k/h é algo tão surreal que a pressão dentro do olho pode ser até 15% menor que a atmosfera do lado de fora.


Existem casos em que um ciclo de reposição de olho pode começar a ocorrer...Basta que se atinja certa velocidade máxima do ciclone (o que chamamos de limiar), a partir disso os ventos começam a se reorganizar formando uma parece que reforça o olho.


Outro caso é o fenômeno de formação de fossas, que são resultado da lenta descida do ar, formando uma especie de bacia no topo do ciclone. Outro fenômeno é o efeito estádio, onde as nuvens do ciclone são empurradas para cima no olho furacão, formando uma especie de cobertura.



Vale lembrar que o olho do furacão ainda é muito perigoso, por lá passa água em alta velocidade quando temos uma tromba d'água e ventos que podem ocasionalmente arrastar o que estiver no olho para as paredes do ciclone

Nem tão longe assim...

No Brasil, a ocorrência de furacões no País não é comum, afinal o Brasil dificilmente combina os dois fatores determinantes para a formação desse fenômeno. “As águas do Atlântico Sul são, em geral, menos aquecidas, e os ventos próximos da superfíce são mais intensos e inibem a formação e organização de furacões”, argumenta o professor do IAG/USP. Entretanto, em março de 2004, o furacão Catarina atingiu o sul do País, nas áreas litorâneas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Com ventos que chegaram a cerca de 180 km/h, o Catarina foi o primeiro furacão observado no Atlântico Sul. “O Catarina foi um caso extraordinário, exatamente por ter sido um fenômeno que evoluiu para a condição de um ciclone tropical trazendo consigo ventos destrutivos típicos de um furacão”, explica Nascimento. Embora seja um fenômeno raro, Pereira Filho alerta que ele pode ocorrer novamente, se houver os “ingredientes” adequados para a sua formação: águas quentes, ventos calmos e manutenção (olho).

Fonte - Terra

O que nós fazemos?

Atualmente, as casas de alguns locais, como por exemplo os Estados Unidos (que são constantemente alvo desses eventos), possuem um andar subterrâneo da casa que funciona como abrigo para ciclones, alguns estocam comida e água para ficarem dentro do abrigo por mais de uma semana, se for preciso, entretanto, o investimento é alto e grande parte das famílias perdem suas casas, quando não, seus familiares.

De certa forma, o cenário se torna mais propicio para os ciclones, que já são naturais, com a mudança no curso dos ventos. E isso geralmente é causado pela interferência negativa do homem no meio em que vive. Diversos cientistas continuam estudando para a previsão de ciclones, para tentar proteger as pessoas deste verdadeiro terror do planeta

25 de outubro de 2015

Lava...Azul?


O fotógrafo Reuben Wu registrou um vulcão indonésio em erupção, liberando uma lava azul brilhante. Embora pareça PhotoShop, a coloração estranha é apenas o resultado de uma reação química.

Para todos os gostos

Vulcões vêm em uma variedade de sabores destrutivos.

Por exemplo, um vulcão escudo como o Kilauea libera lava lentamente durante longos períodos de tempo. Já um estratovulcão montanhoso como o Monte Fuji permanece em silêncio por muitas centenas de anos antes de desencadear sua fúria cataclísmica. E os vulcões em Io, uma das luas de Júpiter, produzem colunas de erupção espetaculares que atingem alturas de 500 quilômetros.
O único vulcão da Terra que pode ser explorado por dentro

Em todos esses casos, no entanto, a lava produzida tende a ser de uma cor vermelha-alaranjada.

O complexo vulcânico indonésio que atende pelo nome de Kawah Ijen quebra esta tendência:
Kawah Ijen


Kawah Ijen é uma coleção de estratovulcões em Java, contendo uma grande caldeira com aproximadamente 22 quilômetros de diâmetro. O pico mais alto pertence ao vulcão Gunung Merapi, nome que se traduz como “montanha de fogo”.

Conforme documentado por Wu, o Kawah Ijen não possui uma lava fisicamente diferente do tipo que emerge da maioria dos estratovulcões: é bastante viscosa, de movimento lento e com temperatura de cerca de 600 a 900° C.

Inclusive, ela é em si vermelha, não azul. A cor que vemos é causada por substâncias presentes na caldeira reagindo com o calor da erupção.

Enxofre + 600° C = lava azul

Uma erupção de lava libera uma grande quantidade de energia térmica, como você pode imaginar. Esta emissão de radiação térmica é que dá a ela sua tonalidade vermelha.

Nova ilha do Paquistão foi criada por um “vulcão de lama”

No caso do Kawah Ijen, no entanto, a lava queima uma outra coisa: bolsões de enxofre, que vomitam das fendas vulcânicas junto com a rocha derretida.

vulcao lava azul (6)
Quando os elementos queimam, produzem cores diferentes. Por exemplo, potássio na chama de um bico de Bunsen queima em uma cor lilás. Já a queima de cálcio produz uma chama vermelho-amarelada, e a de cobre uma chama azul-esverdeada. O enxofre, quando inflamado (pelo calor escaldante da lava, neste caso), queima em azul.

Tóxico


Observar a cor da erupção em Kawah Ijen pode dizer muito sobre o complexo vulcânico. Uma coloração vermelha indica que uma baixa quantidade de energia está sendo liberada; tons de verde são representativos de reações moderadamente energéticas. Chamas azuis são indicativas de energias mais altas.
vulcao lava azul (5)

Se você decidir visitar a Indonésia para verificar as exibições coloridas dos seus vulcões – de enxofre líquido vermelho escuro, enxofre inflamado azul brilhante e das paredes de enxofre frio amarelo -, tenha em mente que a substância é pungente e seus gases são incrivelmente prejudiciais para o sistema respiratório. É melhor levar uma máscara de gás junto com sua câmera fotográfica. [IFLS]

23 de outubro de 2015

Ciência Viva: Vulcões e uma curiosidade


Incrementando os estudos em vulcões, que tal esse documentário do discovery?
Nele o potencial bélico dos vulcões são demonstrados, mostrando 10 armas que o vulcão dispõe. O documentário de 50 minutos é dublado e repleto de vulcões, sem dúvida imperdível!


E esse vídeo de 50 segundos é pra tirar a curiosidade que assola as mentes mais loucas (como a minha por exemplo): O que aconteceria se um corpo humano caísse dentro de um vulcão? Isso foi simulado com compostos orgânicos e o resultado é esse ai:

Como você pode ver (veja, é rapidinho e a explicação antes do vídeo tira toda a graça da coisa), existem várias coisas a se notar nesse experimento:
1 - A lava não é liquida. Você não se afoga nela, por assim dizer é algo mais próximo de ser englobado por lava;
2 - O vulcão não quer você. A pressão lá dentro é tão grande que jogar um corpo estranho para o vulcão é como jogar uma bactéria em nós, tentaremos repelir... A forma dele é jogar jatos de lava ainda mais intensos.
3 - É uma péssima forma de morrer. Ao contrário do que se pode pensar a morte não é instantânea, mesmo que se caia de barriga o processo é lento e queima o corpo por partes, até as células sensoriais serem destruídas (uma queimadura de quarto grau), vai ser muito sofrimento. Caindo de pé então é pior: você estará lucido durante o processo.
4 - Não há desintegração. Provavelmente o calor não conseguirá destruir tudo (devido ao item 2) no final a morte não será muito diferente de uma morte por carbonização.

21 de outubro de 2015

Incandescência



Preservei a matriz com toda a informação,
mas fui forçado a ser frio, ríspido por fora...
sendo cada vez mais mantido sobre pressão,
não havia como não chegar aquela hora.

Senti que num lapso de desespero, enlouqueci
ou devo ter apenas me visto um pouco mais.
Pensando agora muito mais em mim,
não havia como voltar atrás.

Explodi e destruí todas as expectativas em minha volta,
não adianta apenas um conselho com café...
agora eu já tinha dado minha fé como morta,
e me tornara livre para ser o que se é.

De longe os sorrisos mais cínicos notaram,
as pessoas se desesperavam com meu desapego.
Agora não eram mais todos que recebiam meus conselhos.
apenas aqueles que em momentos críticos me ajudaram.

Em meio a fumaça e as pessoas esquecidas...
eu expressava cada vez mais o que aguentei calado.
E todos perguntaram: está ocorrendo algo?
Respondi que não, era apenas a posse da minha vida.

Achei que morreria se o fizesse
achei que mataria se ocorresse
mas preferi que soubesse
que não seria se não fosse.

Explodi num espetáculo de homero
como vesúvio, fuji e tantos outros
agora eu entendo esses poucos
são desastres mas são sinceros.

19 de outubro de 2015

Os Terrores do planeta (I) - Vulcões

Fala galera tudo bom com vocês? Andei bastante sumido, mas estou muito feliz em ver a credibilidade da visita de vocês aqui no blog. Se estiver lendo eu gostaria de mandar um alô em particular para o leitor Matheus (corrigido!) obrigado não só a você mas a todos os andarilhos que me motivam pra sempre voltar pra cá!

Bem, eu estou ocupado com muitas coisas relacionadas as pesquisas do meu curso, estou próximo de me formar mas não vou deixar a peteca cair! E claro isso inclui o saudoso Usina! Pensando nisso eu decidi montar uma estrutura bem grande pra justificar minha ausência... Trata-se de uma maratona acerca do nosso planeta falando dos espetáculos mas bonitos e ao mesmo tempo mais assustadores ou perigosos do nosso planeta. Serão três atos, mas não falarei quais são os outros dois pra não estragar a surpresa! :)



Conhecidos por serem obras naturais de desastre e catástrofes, os vulcões são praticamente pinturas bucólicas da realidade, embebidas de fogo é claro. Geralmente essas formações são reguladoras da pressão do nosso planeta e ofereceram no inicio da criação da Terra a possibilidade de nascimento dos primeiros oceanos. Dada a sua importância, Vulcões são o alvo do nosso primeiro, Terrores do planeta!

Criação da Terra

Para falar de vulcões é necessário saber como eles foram criados inicialmente. Para isso vamos voltar para a criação do planeta... A Terra bebê era uma bola de magma que iria-se resfriar tornando o que hoje temos como solos. Claro que não foi uniforme e isso acabou tornando locais mais profundos, bem como locais mais altos, além disso o planeta não resfriou por completo tornando-se teoricamente líquido por dentro e sólido por fora (péssima analogia: imagine um bombom com recheio de licor, seria mais ou menos o nosso planeta).

Além disso, o formato da Terra não é estritamente coberto, existem fraturas nessa cobertura, fissões que definem placas. Estas são as placas tectônicas que se movem devido a circulação desse liquido dentro do planeta (aqui vamos nós de novo: pense em placas de isopor numa bacia d'água). Algumas se chocam e a pressão existente (imagine um líquido quente e sobre forte velocidade se movendo dentro de um local quase fechado, provavelmente há uma pressão gigante lá dentro não?) acaba empurrando um pedaço da terra pra cima, tentando aliviar a pressão (pelo comportamento dos gases) Esse comportamento gera o protótipo de um vulcão.

Com a pressão já amenizada o vulcão se solidifica fazendo que com ele se torne (não necessáriamente permamanentemente) inativo, chamamos de ativo (embora ainda hajam confusão com a especificação desse termo) quando ele vaza fumaça ou ainda possui lava liquida. O fênomeno que ocorre no ápice do vulcão, com lançamento de lava na superfície chama-se erupção

Tipos de vulcões
Vulcão-Escudo: São aqueles que expelem grandes quantidades de lava. Estas costumam sedimentando-se de tal forma que constroem uma montanha larga com o perfil de um escudo

Cones de Escórias: São os menores, com 300 metros de altura. O nome escória remete justamente a sua insignificância em relação ao tamanho dos outros

Estratovulcões: São gigantescos! Possuindo longa atividade, acabam por aumentar sua forma quando constroem camadas (estratos) nas erupções de grandes fluxos de lava intercalado por produtos piroclásticos.

Caldeiras Ressurgentes: Grande massa central, relevo de depressão e de grande tamanho.

Vulcões Submarinos: Como o nome já diz, são submersos no oceano. São bastante comuns na dorsal meso-atlântica (uma parte do fundo do mar).


Danos

Basicamente fogo, calor e fumaça. A lava pode atingir até 1250 graus célsius e devido a sua pressão ela pode literalmente espirrar de dentro do vulcão, causando um espalhamento do material. Nada consegue escapar da lava, As árvores ao serem tocadas, queima instantaneamente devido ao calor, e os objetos que talvez não sejam distorcidos, derretidos, queimados ou destruídos ficarão encrustados do material, uma vez que a lava possui alto nível de viscosidade. Mais ou menos como uma cola.

A lava geralmente é formada por diversos tipos de minerais, mas o sílica (um composto de silício de oxigênio) é sem dúvida o componente mais observado. Isto acontece porque sua presença determina a consistência da lava o que se relaciona diretamente com a velocidade do seu fluxo. (mais uma analogia intragável: colocar silica na lava, a torna "cremosa" e espessa, algo como uma massa de bolo não assada. Menores quantidades de silica deixam a lava mais liquida, como uma sopa) Lavas que possuem pouca sílica são chamadas de fluídas. Além disso, a adição de sílica aumenta a acidez da lava, o que a torna ainda mais corrosiva.

Não para só por ai, uma vez que, depois que o fluxo normaliza, gás começa a ser liberado. Dentre eles temos como principal o dióxido de enxofre. Esse carinha é altamente tóxico e irrita as mucosas e geralmente toneladas de gás são lançadas. esse gás além de ser maléfico por si só ainda pode se condensar no ar formando o efeito que conhecemos como chuva ácida.

Como uma última percepção de estragos, é preciso lembrar que a pressão do magma faz com que a terra em volta do vulcão seja deformada, o que pode causar danos indiretos a toda uma região em volta do local.

Vale lembrar que a liberação de gás é mortal hoje, mas foi extremamente necessário para abafar a Terra (impedindo que ela resfriasse por completo) e causar chuvas que originaram os primeiros oceanos pré-históricos.

Um fator extra: Terremotos


Em casos ainda mais fortes, as erupções vulcânicas são precedidas de terremotos que em sua periodicidade mostra o que está acontecendo com o vulcão:

Os tremores de curta duração são semelhantes aos sismos tectônicos. São resultantes da fraturação da rocha aquando de movimentos ascendentes do magma. Este tipo de sismicidade revela um aumento significativo da dimensão do corpo magmático próximo da superfície.

Os tremores de longa duração indicam um aumento da pressão de gás na estrutura do vulcão. Podem ser comparados ao ruído e vibração que por vezes ocorre na canalização em casas. Estas oscilações são o equivalente às vibrações acústicas que ocorrem no contexto de uma câmara magmática de um vulcão.

Os tremores harmônicos acontecem devido ao movimento de magma abaixo da superfície. A libertação contínua de energia deste tipo de sismicidade contrasta com a libertação contínua de energia que ocorre num sismo associado ao movimento de falhas tectônicas.

Geralmente os terremotos são uma acomodação do evento vulcânico sendo por isso menos intensos que o clássico choque entre placas. Isso não retira o potencial destrutivo do evento no entanto.

Onde estão?


                                                                          Etna (Sicilia)
                                                       Última erupção: 16 de maio de 2015
                                                                      Altitude: 3.350 m


                                Monte Fuji (Japão)                              
Última erupção: 16 de dezembro de 1707   
Altitude: 3.776 m  

Kilauea (Havai) 
Última erupção: 5 de agosto de 2011
Altitude: 1.247 m
                                                                 

      Krakatoa (Indonésia)      
Última erupção: 31 de março de 2014  
Altitude: 813 m  


        Monte Pinatubo (Filipinas)    
                                         Última erupção: 15 de Junho de 1991                                        
Altitude: 1486 m


Vesúvio (Itália)
Última erupção: 18 de Março de 1944   
Altitude: 1.281 m   
                          
El Chichon (México)
         Última erupção: 28 de Março de 1982             
Altitude: 1150 m

21 de setembro de 2015

Câncer: Atualidade

Terminando a semana do Usina, temos três reportagens bem recentes e interessantes sobre o câncer. Confiram um pedacinho do texto e logo em seguida vejam a matéria na íntegra!


Pesquisadores desenvolveram um método para a detecção precoce de células de câncer metastático em animais, uma descoberta que pode ajudar a retardar a progressão do câncer — informou nesta semana a revista científica britânica Nature Communications.

A metástase é um conjunto de células cancerosas que são derivadas a partir de um órgão afetado por um tumor primário e que migram para outro membro. Os órgãos mais frequentemente acometidos por metástases são o fígado, os pulmões, o cérebro e os ossos.

Essa extensão geralmente não é um bom sinal, já que normalmente é detectada num estágio avançado e muito difícil de atacar.



Motivada pela pesquisa que mostrou como a dança interfere na qualidade de vida da mulher com câncer de mama, realizada pelo Laboratório de Bioética do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Cristina Soares Melnik deu continuidade aos estudos na área e os estendeu para mulheres com qualquer tipo de câncer. Graduada em Psicologia e especialista em dança, a professora descobriu que essas mulheres poderiam ter a percepção da dor diminuída com a ajuda de movimentos corporais, o que poderia resgatar o bem-estar durante e após os tratamentos.

O câncer e as formas de tratar estão relacionados a muitas perdas, como a do cabelo, que prejudica a autoestima. Por meio da dança, é possível resgatar a confiança e a qualidade de vida das mulheres afirma a psicóloga.

Em 16 de outubro de 2014, Cristina orientou, no Teatro Hebraica, a primeira aula da oficina gratuita para mulheres que já tiveram ou têm câncer. As aulas voluntárias, ministradas em espaços cedidos, foram divulgadas em jornais e no Facebook e, no mesmo mês em que a iniciativa foi idealizada, os primeiros convites para participar de eventos e mostras de dança começaram a surgir.





Cuba acaba de registar a primeira vacina terapêutica contra o câncer de pulmão, tumor de alta frequência mundial e que mais mata em todo o planeta. Denominada CimaVax EGF, já foi administrada em mais de mil pacientes.

Os resultados permitiram concluir que a vacina é capaz de prolongar e melhorar a vida dos pacientes em etapas avançadas da doença, contribuindo para transformar o câncer avançado em uma “doença crônica controlável”, afirma Gisela González, do Centro de Imunologia Molecular – Havana.

A vacina é resultado de dezesseis anos de investigação direcionada ao tumor. A vacina não provoca reações adversas severas e baseia-se em uma proteína que todos temos - o fator de crescimento epidérmico – que está relacionada com os processos de proliferação celular, que na presença do câncer tornam-se descontrolados.

19 de setembro de 2015

Como Nasce um Câncer

Uma série de reportagens que trata sobre o câncer, Não é um conteúdo refinado, mas consegue ser direto na mensagem que fala. Quero ressaltar que as reportagens são de caráter informativo e que tenho consciência das teorias que falam sobre a existência para cura do câncer e que isso possa ser usado como instrumento de controle. Planejo aqui mostrar o conhecimento que é difundido em grande escala.
Parte1

Parte2

Parte 3

Parte 4

Parte 5

Parte 6

16 de setembro de 2015

Metástase



Logo eu, uma celula desapercebida,
que vaga nas paredes sanguineas 
em busca de um pouco de oxigênio, coitado...
logo comigo houve esse desastre

Tão infimo e fraco que em momento de divisão
fui bagunçado e ocorreu-me uma mutação:
um pouco do ser mal é fruto de um mundo desajustado,
na luta entre entre os compostos celulares.

Alimentei-me de inveja, ganância e ira.
quis destruir tudo aquilo que eu não tinha
e antes de perceber o que havia me tornado.
A mitose já estava em citocinese.

E pude notar no momento de divisão
que eu já perpetuava o amargor e a ambição
já ensinava o caminho que não deveria ter entrado.
Mutação que se passa em metástase

E eu me sentia lixo, poluição celular:
quanto mais tempo ali, mais mal iria causar.
Antes que eu matasse um corpo abandonado
decidi interomper o processo....como se isso adiantasse.

Afastava entre os orgãos, estalando-se nos gemidos
fazendo sinfonias com a dor de cabeça, olhos e ouvidos,
sem perceber que era meu o corpo estirado
fui de célula, à obito como se não bastasse.

E no meu enterro, os vermes putrefatos
devoraram meu corpo quase que de imediato
levando pro inferno esta alma em único ato
sem revelar nem um meio que me curasse.

14 de setembro de 2015

Infestação Descontrolada



Um mal que afeta muitas pessoas, mas que na verdade é teoricamente possível em qualquer indivíduo. Geralmente células nascem e morrem no nosso corpo a todo momento, mas se algumas células não morrem, pode ocorrer uma multiplicação indesejada e consequentemente o mal funcionamento do organismo. Quando esse crescimento é local temos um tumor, entretanto pode ocorrer um espalhamento para todo o individuo caracterizando um processo chamado metástase.

O Usina com um tom um pouco mais sério e mais analítico resolve falar de uma doença terrível e infelizmente até agora sem cura: O Câncer.

Bem antiga, recém percebida.

Já foram encontrados relatos de médicos do Egito antigo (3000 a.C.) acerca de doenças que, dadas suas características, assemelhavam-se muito com o conhecimento que temos de câncer. Hipócrates (Conhecido como o pai da medicina) também descreveu enfermidades que pareciam tumores (hoje conhecidos como cânceres) de estômago, reto, mama, útero, pele e outros órgãos.


Hipócrates

Portanto, o câncer já é uma praga da raça humana de longa data. No entanto, todos os documentos que tratam o câncer como causa de morte só passaram a existir na Europa já no século XVIII. A partir dai a doença só cresceu e impulsionou-se ainda mais com a revolução industrial.

Como começa?

Primeiramente é necessário uma pequena explanação sobre material genético. O material genético é encarregado de todo o processo da célula, desde o primeiro funcionar e também descreve, de certa forma, quando será o seu fim. Dai a célula morre e outras células específicas as digerem, impedindo o acúmulo de material celular no corpo.

Uma divisão de células cancerosas

Basicamente a doença ocorre quando uma célula possui material genético defeituoso, dai a mesma acaba sendo programada pra viver um pouco mais. A partir dai ela terá mais tempo para reproduzir-se e consequentemente fará de suas filhas, herdeiras da mesma característica. Geralmente a divisão celular humana é dada na potência de base dois (ou seja, uma (2 elevado a 0) célula gera duas (2 elevado a 1) filhas, que geram duas filhas cada (2 elevado a 2) e assim sucessivamente) logo o crescimento é alto e de certa forma, rápido depois de pouco tempo.

A partir daí as células são chamadas de células carcinogênicas e podem permanecer no lugar inicial (o que pode ocasionar num tumor benigno) ou se alastrar para outras partes do corpo (o que nesse caso forma um tumor maligno) o processo de alastramento é chamado de metástase (do grego metastatis – mudanças de lugar, transferência). Um tumor é maligno justamente por oferecer o risco de metástase.

O que causa?

Existem muitos fatores externo que desencadeiam o aparecimento de células cancerígenas e variam desde exposição excessiva à radiação solar e alguns vírus . Hábitos nocivos também são fontes muito evidentes para as doenças, dentre estes destacam-se o tabagismo e o alcoolismo. A alimentação com excesso de gordura também parece ser um fator de risco importante.

Internamente, substâncias fabricadas pelo nosso organismo pode fazer com que células se comportem de maneira diferente do esperado (uma célula cartilaginosa pode ganhar proteínas para fabricação de vasos sanguíneos), dentre os conhecidos destacam-se o hormônio do crescimento, a insulina e
os hormônios da tireóide T3 e T4.

Numa analise mais minuciosa a respeito da deformação do DNA (que desencadearia o câncer, em alguns casos) existem fatores ainda mais diversos que podem influenciar nas mutações: Podem existir falhas na duplicação celular (o que explica o câncer atingir pessoas com bons hábitos), moléculas de oxigênio que podem ser levadas para o interior da célula causando sua modificação (essas moléculas são obtidas porque o ser humano utiliza apenas uma molécula da ligação de O2, essa outra molécula é chamada de radical livre), corantes industriais e até comidas com bolor podem causar alterações.

Vírus (Epstein-Barr, que causa a doença do beijo, Papilomavirus, que causa a verruga e o condiloma acuminado (carcinomas do pénis e colo do útero), HTLV-1 (linfoma de células T), vírus da Hepatite B e C (carcinoma hepatocelular), vírus do sarcoma de Kaposi (um vírus da família do Herpes que causa cancro nos vasos de imunodeprimidos, em especial na SIDA/AIDS) e bactérias também podem causar ou facilitar mutações celulares.

Como avança?

Basicamente a duplicação cresce cada vez mais e começa a causar efeitos visíveis:
Localmente podem surgir caroços ou inchaços não-usuais, sangramento

De maneira sistemática ou gradativa podem surgir perda da massa muscular, falta de apetite, transpiração excessiva e anemia



Nos casos mais avançados (metástase) é possível notar linfonodos aumentados, tosse e hemoptise, fígado aumentado, dor óssea, fratura de ossos afetados e sintomas neurológicos. Embora o câncer avançado possa causar dor, ela geralmente não é o primeiro sintoma.

O câncer, também podem causar sintomas específicos dependendo da sua localização. Pode haver por exemplo, dor no ventre ou sagramento num possível câncer de colo de útero.

Um tratamento - uma possível cura.

O tratamento a ser usado depende da gravidade da doença e da sua forma:

Cirurgia
Se o tumor for bem delimitado, a cirurgia pode ser feita para retirá-lo ou para remover o orgão afetado. Obviamente não é possível recorrer a cirurgia em caso de metástases e em órgãos insubstituíveis ou indispensáveis a vida do paciente.



Quimioterapia

O paciente recebe medicamentos (injetáveis; por via oral; em cavidades como a bexiga, o espaço intratecal, o espaço pleural ou o abdômen) que interferem com a síntese do DNA e matam as células em divisão. Contudo, poderão acontecer efeitos colaterais como diarreia,náuseas, vômitos, queda do cabelo. Mais recentemente, existe uma nova classe de medicamentos chamada de anticorpos monoclonais, que, por terem um alvo molecular específico na célula cancerígena, têm como vantagem serem menos tóxicos para as células normais.

Radioterapia

Também ataca células de crescimento rápido. As células tumorais, como têm déficit de proteínas reparadoras do DNA, são mais vulneráveis a doses de radiação de alta energia (raios X e gama). As suas doses letais são mais baixas que as das células normais. No entanto além de efeitos secundários semelhantes aos da quimioterapia, há risco de desenvolvimento de novos tumores, apesar de relativamente pequeno.

Terapia hormonal

O crescimento de alguns cânceres pode ser inibido ao se fornecer ou bloquear certos hormônios. Exemplos comuns de tumores sensíveis a hormônios incluem certos tipos de câncer de mama e próstata. Remover ou bloquear o estrógeno ou testosterona é frequentemente um tratamento adicional importante. Em certos cânceres, a administração de agonistas hormonais, como progestágenos podem ser benéficos terapeuticamente.





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