Note que os pontos seguem em pares
note que não me importa se me ignorar
Ainda que as coordenadas sejam polares
Mas que seu formalismo não me veio acanhar
Eu nunca fiz questão de estar aqui
Muito menos participar
E ainda acho que o meu cotidiano
Vai me largar
Se o que me dizes foi verdade
Devo aceitar a prova por indução
Mas se não creio, me fiz de traste?
Enquanto caio do plano em regressão.
Eu devia sorrir mais
Abraçar meus pais
Viajar o mundo e socializar
Nunca reclamar
Só agradecer
Tudo o que vier eu fiz por merecer
Mude eixo, me dê equações.
Não esquecendo tudo que me foi agregado
Mas é bem mais que fazer limaçons
É não esquecer que nada se faz acabado.
Quase toda vez que eu vou dormir
Não consigo relaxar
Até parece que meus travesseiros pesam
Uma tonelada
Eu sendo frio, calculista e miserável?
De todas as nuances ter vivido.
Prefiro um plano tridimensionável.
Sofrendo, mas melhor do que não ter sido.
Eu devia sorrir mais
Abraçar meus pais
Viajar o mundo e socializar
Nunca reclamar
Só agradecer
Fácil de falar, difícil fazer
Por campos cilíndricos e esféricos, me acho
Dentre mil noites que tenha ficado acordado,
Sofro de açoites se me permaneço em traço
Mas há que calcule sem ser calculado?
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